Saúde

O setor de hemodiálise do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC) comemora em janeiro dois anos de funcionamento. Neste período apresentou um aumento de 57% no número de pacientes atendidos. Conforme explica o médico nefrologista Marcelo Orlandi, o serviço atende apenas pacientes residentes em Indaiatuba, que no início eram 70 pessoas. Atualmente são 110 pacientes da cidade, e destes, 85% são usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Orlandi, juntamente com os sócios e também médicos nefrologistas Marco Karam, Rodrigo Surita e Maurício Carvalho administram o atendimento, que conta também com as médicas especializadas em nefrologia Cinthia Esbrile Moraes Carbonara e Thais Marques Sanches Gentil. A equipe é formada também por assistente social, psicóloga, nutricionista, enfermeiras e técnicos de enfermagem.

A estrutura oferecida pelo HAOC possibilita o atendimento simultâneo de 40 pessoas, e são realizadas três sessões às segunda, quartas e sextas-feiras e duas sessões às terças, quintas e sábados. “Com a prevalência de 20 pacientes por ano, em 2016 haverá uma adaptação no local e serão acrescentados oito novos postos”.

A hemodiálise é indicada para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica graves. O procedimento ocorre através de uma máquina que limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos e ajuda a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina.

Por este motivo, o paciente tem uma rotina muito próxima não apenas com a equipe que faz o atendimento, mas também com outros pacientes. Afinal, são quatro horas de tratamento em dias intercalados e é contínuo. “A rotina do paciente que necessita fazer sessões de hemodiálise conta com o transporte público de casa para o hospital e vice-versa. Temos alguns casos em que a diálise é necessária quatro vezes por semana e estamos estudando instituir para outros casos a diálise diária, porém com tempo de duração menor e a hemodiafiltração”.

Dr. Orlandi esclarece que os problemas renais podem ser provocados por doença auto-imune, condições genética ou familiar e algumas adquiridas. Mas em alguns casos é possível aplicar ações preventivas. “Uma forma de prevenção é cuidar da pressão arterial. São antagônicos, um (hipertensão arterial) destrói o outro (rins). Diabetes também leva à insuficiência renal. Ou seja, preventivamente, o que o indivíduo pode fazer é se cuidar. Sempre monitorar a pressão arterial, evitar os excessos que podem provocar uma diabetes e consequentemente uma série de problemas de saúde”, avalia. O transplante de rim também é uma possibilidade para o paciente com insuficiência renal e ocorre através de doador vivo (o mais comum é por familiares do paciente) ou então doadores falecidos.


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